Apenas a partir da sexta-feira que vem, dia 26/05/2006, é que o brasileiro passa a trabalhar apenas para si mesmo. Segundo dados do IBPT, nos outros 145 dias do ano – de 1º de janeiro a 25 de maio – o brasileiro trabalhou única e exclusivamente para pagar tributos municipais, estaduais e federais nas mais diversas modalidades, como impostos, taxas e contribuições. A voracidade do fisco brasileiro, velho conhecido do contribuinte, cresceu tanto nos últimos anos que hoje é preciso trabalhar o dobro do que se trabalhava na década de 1970 para pagar todos os tributos. O mesmo IBPT indica que em países como a Suécia (185 dias) e a Franca (149) os contribuintes têm de trabalhar até mesmo mais dias por ano para o pagamento de tributos, mas os cidadãos suecos e franceses obtêm do Poder Público a contrapartida pelo que pagam.
No Brasil, muitos dias ainda depois de 25/05 ainda terão de ser gastos para pagar o plano de saúde, a escola particular e a previdência privada, a menos que se satisfaça com o SUS, as escolas públicas e a aposentadoria pelo INSS. Em países como a Suécia e a França esse desembolso particular para cuidar de necessidades que deveriam ser providas pelo Poder Público não é necessário. Para efeito de comparação, saiba que há países em que os contribuintes ficam em dia com o fisco trabalhando em favor dele muito menos dias: os espanhóis precisam trabalhar por 137 dias; os norte-americanos, 102; nossos vizinhos argentinos, 97; os chilenos, 92, os mexicanos, 91 dias por ano. De qualquer forma, relaxe: a partir da última sexta-feira deste mês de maio de 2006, o ano é só seu.
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